domingo, 8 de setembro de 2013

FONTES DE ILUMINAÇÃO. DE 09/09/13 A 13/09/2013. 1º ANO.

FONTES DE ILUMINAÇÃO


Existem dois tipos básicos de luz: a luz difusa e a luz dura. Sua diferença está relacionada ao tamanho da fonte geradora. Exemplo: a luz difusa corresponde à luz de um dia nublado. Não há muito contraste, afinal, as sombras quase não ficam marcadas. Isso acontece porque a fonte de luz difusa é imensa em relação ao seu objeto. Ela está espalhada por todo o céu.

No caso da luz dura, é fácil perceber que sua fonte é menor. O sol, apesar de imenso, lança sobre a terra uma luz muito pontual. O sol é um exemplo de uma fonte de luz dura, que marca bastante as sombras e gera grande contraste.

Basicamente, a luz artificial utilizada no cinema – refletores – copia esses dois tipos de luz natural. Por isso, é importante entender como cada uma funciona. Imaginemos a seguinte cena. Manhã nublada. Um homem trabalha no escritório. Uma das paredes do cômodo é toda de vidro, com vista para a cidade.

Ora, é simples concluir que, numa situação comum, essa cena seria iluminada com luz difusa, marcando pouco as sombras. Isso acontece porque há uma grande fonte de luz no escritório: o janelão de vidro. Não bate sol. E o dia está nublado. Iluminar essa cena com fortes raios de luz entrando pela janela e marcando a sombra do homem mudaria completamente a ambientação. De nublado, passaríamos a ter a sensação de que o dia está ensolarado.

Um exercício legal, pra quem começa a entender os tipos de luz, é olhar obras de arte com atenção. Os pintores passaram anos estudando, experimentando e copiando tipos de luz para realizar suas obras. Por isso, é interessante buscar imagens de artistas clássicos e procurar a fonte de luz. Em alguns trabalhos, a luz é difusa. Em outros, a luz é dura e tem origem muita clara, de algum ponto fora do quadro. Há casos em que a luz é dura e nasce de uma vela que está colocada, estrategicamente, dentro da tela. Por meio da intensidade e da direção das sombras, podemos definir com facilidade de onde vem a luz que ilumina o quadro.

No cinema, acontece o mesmo. É preciso definir uma ou mais fontes de luz para clarear a cena. No caso de um filme super realista, é necessário seguir à risca a cartilha do mundo real: se o dia está nublado, nosso personagem do escritório é iluminado por uma luz difusa. Caso o filme seja mais metafórico, é possível brincar com a luz e tratá-la de maneira mais criativa.

Para o fotógrafo, é importante conhecer as condições reais de iluminação, podendo recriá-las. Mas é importante não deixar a imaginação morrer. Afinal, um dos grandes baratos do cinema é a possibilidade de reinventar a realidade.

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