"Pré-colombiano"
se refere ao período anterior à chegada de Colombo ao Novo Mundo. Tudo o que os
povos que habitavam as Américas do Norte, Central e Sul produziram até a vinda
de Colombo, é pré-colombiano.
A Arte desse
período se estende das montanhas do Peru às planícies do meio-oeste dos Estados
Unidos e até o gelado Alasca. A Arte tinha importância vital para as
sociedades tribais, eles acreditavam que os objetos tinham poderes mágicos,
como máscaras e cachimbos usados nos rituais religiosos.
Esses objetos
tinham uma simbologia para cada ritual, como cerimônias de iniciação, enterros
e festivais. Os povos tribais caprichavam muito em seus trabalhos, pois tinham
o costume de dar presentes, e quanto mais belo e precioso maior era o prestígio
de quem o dava.
As pinturas eram bem abstratas, com figuram flutuantes sem fundo ou
primeiro plano, pois eram muitas vezes inspiradas em visões. O Xamã, o
sacerdote e o curandeiro faziam objetos inspirados por revelações que tinham em
transe. As máscaras esquimós consideradas obras de extrema originalidade, são
muito distorcidas, provavelmente um resultado desses impulsos subconscientes.
Espalhados pelas
Américas, os povos pré-colombianos eram principalmente sete:
Na América do
Norte eram:
NAVAJOS: Tribos
do sudoeste dos EUA. Faziam tapetes com desenhos geométricos, pinturas na areia
que curavam doenças, traziam fertilidade e garantia boa caça! Os pigmentos eram
pó de diferentes rochas e minerais, carvão e pólen de trigo.
HOPI: Da região do Arizona nos EUA, esculpiam bonecos em raízes de algodoeiro
que representavam deuses, usavam muitas penas e plumas para enfeitá-los,
pintavam murais com cenas agrícolas e faziam muitos objetos em cerâmica.
KWAKIUTL: Da
costa noroeste dos EUA, conhecidos pelos Totens, máscaras com expressão
vigorosa e partes móveis, casas, e canoas entalhadas e decoradas.
ATENÇÃO! Totem
é qualquer objeto, ou símbolo, que tenha "poderes sobrenaturais" e
seja cultuado como Deus.
ESQUIMÓ: Adivinhem
de onde são esses? Do Alasca né! Essa era fácil... Os esquimós faziam máscaras
com peles e penas, e usavam vários materiais esquisitos para compor suas obras,
que eram usadas pelos Xamãs.
ATENÇÃO! Segundo
os siberianos Xamãs significa "aquele que enxerga no escuro", é um
ser considerado inspirado pelos espíritos, que pode voar para outros mundos, e
em estado de transe se comunica com espíritos da natureza.
Já na América
Central eram os:
MAIAS: Habitavam
o México e a Guatemala, esses caras criaram templos enormes em forma de
pirâmide em degraus, ricamente decorados com relevos e hieróglifos. Construíram
a cidade de Tikal onde a mais alta pirâmide tinha 74 metros, e a população era
de 70.000 habitantes. Os Maias tinham um elaborado estudo de calendários, e um
profundo conhecimento sobre astronomia.
ASTECAS: Também situados no México este vasto império era dono de
volumosas estátuas de deuses que exigiam sacrifícios humanos. Eram também
especialistas em trabalhos em ouro e pedras preciosas.
E na América do
Sul eram os:
INCAS: Você
já foi para Machu Picchu? Então vá! É lá, no Peru, que fica a "cidade
perdida dos Incas". Essa cidade bem conservada até hoje, é famosa pelos
templos construídos em alvenaria, os Incas são famosos também pelos trabalhos em
metalurgia. O estilo inca clássico é o chamado huaco-retrato, que surgiu
no século V na cidade que estava aos pés da Huaca de la Luna. São vasos de
gargalo com esculturas que mostram figurões da política, o cotidiano da
população e cenas eróticas.
Quem aí já
assistiu o filme "A nova onda do Imperador" da Disney? Bom, não era
exatamente daquele jeito, mas o filme dá uma boa ideia de como eram os impérios
Incas no período pré-colombiano, com muito ouro, grandes construções e cidades.
CURIOSIDADES!
As civilizações
pré-colombianas escondem muitos segredos e mistérios, há alguns filmes que
retratam os templos ameríndios de maneira misteriosa e escondendo grandes
tesouros, passagens para outros mundos, e ainda como sendo amaldiçoados e mal
assombrados.
O Indiana
Jones mesmo já deu umas voltas pelos templos pré-colombianos no seu último
filme "O reino da caveira de cristal". Ou também o sangrento
"Apocalypto" de Mel Gibson, que mostra de forma bem dramática o que
se passava na civilização maia.
A verdade é que esse pessoal era mesmo, sem dúvida, muito
misterioso e cheio de costumes estranhos...
Um costume em
comum entre eles eram os sacrifícios humanos.
Em 1996 o
arqueólogo Steve Bourget teve de catalogar osso por osso de mais de setenta
corpos que foram encontrados em uma vala comum no Templo Huaca de la Luna,
principal templo Mochica (Inca) de 32 m de altura.
Ele possui
um altar no topo onde eram realizados os sacrifícios em que o coração da vítima
ainda viva era arrancado do corpo, e os corpos eram então jogados lá de cima
mesmo. As vítimas eram jovens guerreiros capturados em combate e imolados em
grandes cerimônias públicas. Macabro? Magiiina...
Estima-se que eram
escolhidos três "sortudos" para serem sacrificados em cada ritual.
Mas por que essas
pessoas desalmadas faziam isso, por pura maldade? Talvez, um pouquinho, mas
principalmente por razões políticas e religiosas. Assim como os faraós
egípcios, eles se achavam os deuses da galera e reivindicavam para si mesmos
este posto.
Os cultos sangrentos
eram demonstrações publicas intimidadoras. Eles usavam o terror religioso como
instrumento de poder político, e, além disso, acreditavam que os
sacrifícios podiam deter ou acalmar fenômenos da natureza, como o El Niño, que
deixava as águas do litoral peruano extremamente quente e causava tempestades e
enchentes arrasadoras. Elas acreditavam que o sacrifício humano devolveria a
ordem ao mundo.