O
Modernismo foi a mais radical ruptura com o passado na história da arte. A
rebeldia modernista era tal que o movimento atacou a própria modernidade, ao
mesmo tempo em que se sentia muito entusiasmado pelos tempos modernos. A
energia criativa do Modernismo, que se estendeu do final do século 19 até os
anos 60 no século 20, gerou um dos períodos culturais mais ricos da história.
Foram tempos em que as artes vivenciaram
um experimentalismo nunca antes visto e em que se buscou incessantemente uma
total liberdade de expressão.
Tudo começou quando as principais características
da modernidade passaram a ter um significativo impacto cultural. Na segunda
metade do século 19, a Revolução Industrial já havia provocado uma
transformação radical com as fábricas, as máquinas automatizadas, as ferrovias
e a vertiginosa expansão dos centros urbanos. A vida cotidiana começava a
sofrer o impacto dos novos recursos de comunicação, graças às invenções do
telégrafo, do telefone e do rádio.
Politicamente, havia o fortalecimento dos Estados nacionais, a formação de
poderosas burocracias governamentais e os movimentos sociais de massa. O
racionalismo e uma cultura secular ganhavam terreno rapidamente frente à
religiosidade e à união Igreja-Estado. Além disso, os valores relacionados ao
individualismo e ao capitalismo se consolidavam, mas também eram
contestados pelas ideias socialistas.
Foi nesse agitado ambiente que o movimento modernista surgiu e manteve-se em
evidência.
Uma nova mentalidade emergiu nesse período. Diante
de novos conhecimentos, possibilidades e percepções do mundo, o ser humano teve
de encarar uma vida muito mais complexa e contraditória do que a de seus
ancestrais. O efêmero, o gosto pelo novo e a renovação constante passaram a
fazer parte da rotina das pessoas. Para expressar e responder aos anseios e às
angústias dessa nova etapa da modernidade, a arte respondeu com experimentações
radicais principalmente na literatura, nas artes visuais, na arquitetura, no
teatro, na dança e na música.
Entre os modernistas,
existiam os que viam a modernidade com um extremado e acrítico entusiasmo, como
os futuristas com sua exaltação da tecnologia, numa época em que o homem se
extasiava com o surgimento do avião, dos transatlânticos e do automóvel.
Existiam também aqueles que se rebelaram contra alguns dos valores modernos
apesar de neles se inspirarem, como os dadaístas, com sua ênfase num aparente
irracionalismo e no niilismo.
A modernidade dos
séculos 19 e 20 foi um período de grandes transformações econômicas, sociais e
culturais no Ocidente. Foi a época em que mais rapidamente avançaram e
prevaleceram as ideias otimistas do Iluminismo, de uma sociedade baseada na
razão, na ciência, na busca da verdade, no humanismo, na democracia liberal, no
individualismo e na liberdade. Mas foi também o momento em que o homem
protagonizou o terror e a barbárie das duas grandes guerras mundiais. E a
principal expressão cultural desse momento histórico foi o Modernismo. Com suas
vanguardas e fragmentados movimentos artísticos, desde o Expressionismo nas
artes plásticas até o Concretismo na poesia, o Modernismo refletiu amplamente
as contradições e a vitalidade da modernidade.
Modernismo
Período: 1890 a 1968
principais características: experimentalismo, ruptura com os cânones do academicismo, exacerbação da liberdade individual, exaltação da vida urbana e da tecnologia
alguns artistas internacionais: Pablo Picasso (artes plásticas),Henry Matisse (artes plásticas), Mies van der Rohe (arquitetura),Frank Lloyd Wright (arquitetura), James Joyce (literatura),Marcel Duchamp (artes plásticas), Henri Cartier-Bresson(fotografia), Arnold Schoenberg (música), Jackson Pollock(artes plásticas), Samuel Beckett (teatro), Orson Welles(cinema), Isadora Duncan (dança) e Franz Kafka (literatura)
alguns artistas brasileiros: Tarsila do Amaral (artes plásticas), Di Cavalcanti (artes plásticas), Mário de Andrade (literatura),Victor Brecheret (escultura), Manuel Bandeira (poesia), Villa-Lobos (música), Graciliano Ramos (literatura), Érico Veríssimo(literatura), Oswald de Andrade (literatura e teatro), Vilanova Artigas (arquitetura) e Flávio de Carvalho (arquitetura, artes plásticas, cenografia)
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