domingo, 3 de março de 2013

TERCEIROS ANOS. MODERNISMO NO MUNDO.


O Modernismo foi a mais radical ruptura com o passado na história da arte. A rebeldia modernista era tal que o movimento atacou a própria modernidade, ao mesmo tempo em que se sentia muito entusiasmado pelos tempos modernos. A energia criativa do Modernismo, que se estendeu do final do século 19 até os anos 60 no século 20, gerou um dos períodos culturais mais ricos da história. Foram tempos em que as artes vivenciaram um experimentalismo nunca antes visto e em que se buscou incessantemente uma total liberdade de expressão.
Tudo começou quando as principais características da modernidade passaram a ter um significativo impacto cultural. Na segunda metade do século 19, a Revolução Industrial já havia provocado uma transformação radical com as fábricas, as máquinas automatizadas, as ferrovias e a vertiginosa expansão dos centros urbanos. A vida cotidiana começava a sofrer o impacto dos novos recursos de comunicação, graças às invenções do telégrafo, do telefone e do rádio. Politicamente, havia o fortalecimento dos Estados nacionais, a formação de poderosas burocracias governamentais e os movimentos sociais de massa. O racionalismo e uma cultura secular ganhavam terreno rapidamente frente à religiosidade e à união Igreja-Estado. Além disso, os valores relacionados ao individualismo e ao capitalismo se consolidavam, mas também eram contestados pelas ideias socialistas. Foi nesse agitado ambiente que o movimento modernista surgiu e manteve-se em evidência.
Uma nova mentalidade emergiu nesse período. Diante de novos conhecimentos, possibilidades e percepções do mundo, o ser humano teve de encarar uma vida muito mais complexa e contraditória do que a de seus ancestrais. O efêmero, o gosto pelo novo e a renovação constante passaram a fazer parte da rotina das pessoas. Para expressar e responder aos anseios e às angústias dessa nova etapa da modernidade, a arte respondeu com experimentações radicais principalmente na literatura, nas artes visuais, na arquitetura, no teatro, na dança e na música.
Entre os modernistas, existiam os que viam a modernidade com um extremado e acrítico entusiasmo, como os futuristas com sua exaltação da tecnologia, numa época em que o homem se extasiava com o surgimento do avião, dos transatlânticos e do automóvel. Existiam também aqueles que se rebelaram contra alguns dos valores modernos apesar de neles se inspirarem, como os dadaístas, com sua ênfase num aparente irracionalismo e no niilismo.
A modernidade dos séculos 19 e 20 foi um período de grandes transformações econômicas, sociais e culturais no Ocidente. Foi a época em que mais rapidamente avançaram e prevaleceram as ideias otimistas do Iluminismo, de uma sociedade baseada na razão, na ciência, na busca da verdade, no humanismo, na democracia liberal, no individualismo e na liberdade. Mas foi também o momento em que o homem protagonizou o terror e a barbárie das duas grandes guerras mundiais. E a principal expressão cultural desse momento histórico foi o Modernismo. Com suas vanguardas e fragmentados movimentos artísticos, desde o Expressionismo nas artes plásticas até o Concretismo na poesia, o Modernismo refletiu amplamente as contradições e a vitalidade da modernidade.
Modernismo

Período:
 1890 a 1968

principais características:
 experimentalismo, ruptura com os cânones do academicismo, exacerbação da liberdade individual, exaltação da vida urbana e da tecnologia

alguns artistas internacionais:
 Pablo Picasso (artes plásticas),Henry Matisse (artes plásticas), Mies van der Rohe (arquitetura),Frank Lloyd Wright (arquitetura), James Joyce (literatura),Marcel Duchamp (artes plásticas), Henri Cartier-Bresson(fotografia), Arnold Schoenberg (música), Jackson Pollock(artes plásticas), Samuel Beckett (teatro), Orson Welles(cinema), Isadora Duncan (dança) e Franz Kafka (literatura) 

alguns artistas brasileiros:
 Tarsila do Amaral (artes plásticas), Di Cavalcanti (artes plásticas), Mário de Andrade (literatura),Victor Brecheret (escultura), Manuel Bandeira (poesia), Villa-Lobos (música), Graciliano Ramos (literatura), Érico Veríssimo(literatura), Oswald de Andrade (literatura e teatro), Vilanova Artigas (arquitetura) e Flávio de Carvalho (arquitetura, artes plásticas, cenografia) 

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