domingo, 10 de março de 2013

PRIMEIROS ANOS. ARTE MEDIEVAL.


ARTE MEDIEVAL  
                                                                                                                            Arte Bizantina

A arte bizantina passou por diversas fases, mas foi no seu primeiro período de auge, nos tempos do Imperador Justiniano (527-565), que o desenvolvimento econômico e artístico deixou marcas profundas no antigo lado ocidental. O Império Bizantino operou efêmera uma reunificação entre Ocidente e Oriente, na tentativa de reconstrução do gigantesco Império Romano, mas com a capital em polo invertido, no lado oriental.

Neste período os bizantinos fundaram a cidade de Ravena, no norte da Itália, que se transformaria em base de divulgação da pintura de ícones bizantinos, de grande influência na arte românica e na arte gótica, predominantes no lado ocidental.

A pintura bizantina tinha como função retratar tanto a majestade da família real quanto a sacralidade das passagens bíblicas. Em seus mosaicos e ícones observa-se ainda uma rígida composição frontal e hierática, de inspiração egípcia, associada aos efeitos luminosos da arquitetura, como vemos na monumental Igreja de Santa Sofia. Não raro os imperadores, como Justiniano e a sua esposa Teodora, aparecem retratados com auréolas, assim como os principais personagens bíblicos, como Jesus e Maria, são representados com insígnias reais.

Os primeiros criadores de ícones religiosos eram monges e suas funções eram reguladas pela Igreja Ortodoxa. Tratavam de retratar com cores e linhas o que os Evangelhos expressavam com palavras. Para os habitantes do Império os ícones eram a própria expressão de uma fé que experimenta diariamente a intervenção de Deus na sua vida cotidiana.

 Arte Românica

A arte românica se desenvolveu nos séculos XI e XII, na Europa Ocidental, a partir da obra de artesãos da corte de Carlos Magno (século IX ) e recebe este nome porque representa, ainda na Idade Média, um retorno à tradição cultural e artística do mundo greco-romano.
A pintura românica se caracteriza pelo uso de cores primárias homogêneas, sem meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza, mas sim de evocar, isto é, convocar a presença da divindade pela imagem.
Assim os corpos não guardam qualquer proporção anatômica e as faces apresentam-se padronizadas e desprovidas de qualquer emoção ou traço individualizado.
As figuras não tinham nenhuma plasticidade, e as formas do corpo apenas se insinuavam nas rígidas dobras dos mantos e túnicas. Os traços faciais eram acentuados por contornos de traços grossos e escuros. No entanto é possível observar alguns requintes de técnica pictórica, como os elaborados contornos, como motivos vegetais, ou até mesmo alguns traços de escorço.
O românico é por excelência a arte da mentalidade feudal, sob o predomínio dos valores da Igreja Católica.
Em uma sociedade analfabeta, a pintura românica tem função pedagógica e ideológica, pois retrata a extrema reverência aos ensinamentos bíblicos e à submissão social dos camponeses na estrutura imóvel e trifuncional sociedade feudal (guerreiros, oradores e trabalhadores).

Arte Gótica
O estilo gótico é identificado com o período do renascimento comercial e a construção das grandes catedrais da Europa Ocidental, do século XII até ao XV. A palavra gótico, que faz referência aos godos ou bárbaros do norte, foi escolhida pejorativamente pelos italianos do renascimento. A verticalidade das formas, a pureza das linhas e o recato da ornamentação na arquitetura foram transportados também para a pintura e a escultura.
A pintura gótica surge aproximadamente cinquenta anos depois das primeiras catedrais e esculturas góticas. A transição entre o românico e o gótico é muito imprecisa, mas ocorre primeiro na Inglaterra e França em torno de ano de 1200, na Alemanha em 1220 e na Itália em torno de 1300. Podemos identificar três fases no interior do movimento gótico.
A primeira, nos séculos XII e XIII, ainda revela o padrão bizantino de composição das figuras em um fundo monocromático.
O realismo levemente insinuado na primeira fase se desenvolve na segunda fase (início do século XIV), marcada pela obra de Giotto e pelo naturalismo intrínseco à sensibilidade do franciscanismo.
Na a terceira fase (final do século XIV) surge o gótico internacional, com padrões de composição mais complexos que serviriam de base para o renascimento do século XV.
A pintura de todo o período gótico é executada sobre quatro tipos de bases materiais: afrescos, telas, vitrais e iluminuras. No sul da Europa o suporte material predominante foram os afrescos criados nas paredes laterais das Igrejas. No norte o grande destaque foram os vitrais até o século XV. No início do século XV surge a primeira fase de pinturas holandesas (flamengas) que ainda apresentam um estilo gótico, mas pode ser considerada como parte da formação do Renascimento nórdico.

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