Ao
falarmos sobre a arte grega, temos uma grande dificuldade comum a toda
civilização que tem suas manifestações investigadas. Estando subordinada ao
tempo e à cultura, a arte grega assume traços e características que variam
bastante ao longo do tempo. Assim como nós, os interesses temáticos e estéticos
da população grega variaram bastante com o passar dos séculos. Isso, sem contar
que esse mesmo povo era formado por várias cidades-Estado e entrou em contato
com outras civilizações do mundo antigo.
Se pudermos destacar um aspecto que difere a arte grega das outras
civilizações, devemos então explorar a questão do lugar que a arte ocupou na
vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os gregos não restringiram o
desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de suas vidas (como a religião)
e nem atrelou a mesma aos interesses de um único grupo social. Entretanto, isso
não quer dizer que os gregos transformaram sua arte em um âmbito autônomo e
livre de influências.
Umas das mais interessantes características da arte grega é a preocupação em se
pensar e retratar as ações humanas. Com isso, vemos que os gregos estabelecem a
exploração de temáticas que singularizam o aparecimento do homem nas artes.
Ainda a esse respeito, podemos ver que a escultura e a pintura grega, por
exemplo, reforçam ainda mais esse traço humanístico ao promover o
desenvolvimento de técnicas que reproduziam o corpo com grande riqueza de
detalhes.
No âmbito das artes cênicas, os gregos fundaram gêneros que até hoje organizam
as várias modalidades do teatro contemporâneo. A tragédia e a comédia aparecem
como textos em que os costumes, instituições e dilemas da existência eram
discutidos através da elaboração de narrativas e personagens bastante
elaboradas. Tendo grande prestigio entre a população, o teatro atraía os
olhares de várias pessoas que se reuniam para admirar e discutir as peças
encenadas publicamente.
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