Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) foi um
importante teatro
brasileiro,
localizado na cidade de São Paulo, na rua Major Diogo. Foi fundado em 1948, pelo industrial
italiano Franco Zampari.
Depois
de se tornar referência e ser um grande teatro brasileiro, passou por várias
crises e ficou fechado em alguns períodos. Há alguns anos foi reformado e
voltou a atuar, até ser fechado novamente.
Durante
as várias fases por que passou e durante os anos em que existiu como companhia
estável, de 1948 a 1964, o palco do TBC
chegou a ter o melhor elenco do país, em que se distinguiam: Cacilda
Becker, Tônia Carrero, Fernanda Montenegro, Dionisio
Azevedo, Cleyde Yáconis, Nydia
Lícia, Nathalia Timberg, Tereza
Rachel, Paulo Autran, Sérgio
Britto, Jardel Filho, Sérgio
Cardoso, Walmor Chagas, Ítalo
Rossi e muitos outros. A encenação estava confiada a europeus e, em
certos momentos, até quatro deles se alternavam nas montagens: Adolfo Celi,
Luciano
Salce, Ruggero Jacobbi, Ziembinski,
Flaminio Bollini Cerri, Maurice
Vaneau, Alberto D'Aversa e Gianni
Ratto.
As
premissas eram a implantação de um teatro de equipe, em que todos os papéis
recebiam o mesmo tratamento, e se valorizavam igualmente a cenografia
e a indumentária,
a cargo de Aldo Calvo, Bassano Vaccarini, Tulio Costa, Gianni Ratto e
Mauro Francini; e a política do ecletismo de repertório, revezando-se no cartaz
Sófocles,
John Gay, Goldoni, Strindberg,
Bernard
Shaw, Pirandello,
Tennessee Williams, Arthur
Miller, Sauvajon, Sardou, Roussin, Barillet e Grédy, Jan de Hartog e André
Mirabeau, entre muitos outros.
Um
desdobramento do TBC foi a criação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz,
cujos galpões em São Bernardo do Campo abrigaram inúmeras
produções nacionais, algumas premiadas internacionalmente.
O
TBC consolidou a renovação estética do espetáculo brasileiro, iniciada pelo
grupo amador carioca de Os Comediantes, e tornou-se a origem de outros
conjuntos dele desdobrados, como a Companhia
Nydia Lícia-Sérgio Cardoso, a Companhia
Tônia-Celi-Autran, o Teatro Cacilda Becker e o Teatro dos Sete. Maria
Della Costa, enquanto aguardava a construção de sua casa de espetáculos,
passou por ele, e adotou no Teatro Popular de Arte os mesmos princípios.
Acusado
de certo conservadorismo, tanto na encenação quanto na escolha
de seus textos, além de certo privilégio a uma cultura oficial que mantinha
laços com a burguesia dominante, o TBC entrou em sua última fase, alterando
suas diretrizes. Passou a confiar as encenações aos brasileiros Flávio
Rangel e Antunes Filho, além do belga Maurice
Vaneau, e o repertório privilegiou os dramaturgos nacionais Dias Gomes,
Jorge
Andrade e Gianfrancesco Guarnieri, quando, antes, o
autor da casa havia sido Abílio Pereira de Almeida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário