O
Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral
brasileiro. Criado em 1982, o grupo desenvolve um teatro que alia rigor,
pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de
comunicação com o público.
Formado
por atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Fernando
Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo
José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes e Jurij Alschitz (além dos próprios
componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo), o Galpão forjou sua
linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que
dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro
de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro. Com essa mescla, o
Galpão cria uma cena de forte comunicação e empatia com o público.
Ao
longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais
(na Europa, América latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas
as regiões do país, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe
Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros,
com destaques para o “Prêmio Shell” (1994 – Rio de Janeiro), nas categorias
melhor direção, melhor figurino e melhor iluminação, e para os Prêmios do
estado de Minas Gerais “Usiminas Sinparc”, “SESC Sated”, de Reconhecimento
Cultural pelos 25 anos de Atividades e a “Ordem do Mérito Cultural”,
condecoração do Ministério da Cultura dada a grupos e personalidades que
contribuíram e contribuem para a cultura brasileira.
O
Galpão se constitui como um grupo de atores que realiza o teatro de pesquisa.
Durante sua trajetória sempre convidou diferentes diretores para as montagens.
A linguagem de trabalho da trupe é resultado de uma série de encontros com
Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho,
Paulo José, Ulisses Cruz, Paulo de Moraes, Yara de Novaes, Jurij Alschitz e
tantos outros.
Os
encontros com grupos e movimentos teatrais espalhados pelos quatro cantos do
país também foram fundamentais para a formação do jeito de ser do Galpão. Desde
a sua formação, a companhia sempre buscou as raízes do teatro popular e de rua.
Hoje é um dos grupos que mais circula pelo país conseguindo chegar a todas as
regiões do Brasil, além de ter se apresentado em diversos países da Europa,
EUA, Canadá e América Latina.
Hoje
podemos afirmar que o Galpão já tem uma linguagem própria, onde se misturam
Brecht e Stanislavski, as técnicas circenses com o teatro balinês, a música
folclórica com os experimentos musicais mais contemporâneos, a dramaturgia
clássica com o melodrama, Eugenio Barba com Gabriel Villela, Eduardo Garrido
com Shakespeare, marujadas com Molière, teatro épico com drama psicológico, o
provinciano com o universal, a tradição com a transgressão. Tudo se mistura
nesse caldeirão que os alquimistas do Galpão transformam, com visão crítica e
generosidade, em teatro da mais pura cepa, arte maior, celebração da vida.
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