domingo, 27 de outubro de 2013

MARTINS PENA. 2ºANO.



Luís Carlos Martins Pena nasceu no dia 05 de novembro de 1815 no Rio de Janeiro (RJ). Seu pai era desembargador e não tinha muitas posses. Ficou órfão muito cedo, com apenas um ano, de pai e aos dez anos, de mãe. Seu padrasto, o militar Antônio Maria da Silva Torres, deixou-o sob tutela, após a morte da esposa em 1825 durante o parto da filha.

Sob orientação dos tutores, ingressou na carreira comercial e concluiu em 1835, aos vinte anos, o curso de Comércio. Estudou, ainda, literatura, teatro, desenho, música, arquitetura, história, além do estudo de outras línguas. Este último foi responsável pelo ingresso do autor na carreira diplomática, o que o levou a Londres. Na viagem de volta ao Brasil, o autor sofreu complicações da tuberculose em Lisboa e faleceu aos 7 dias de dezembro de 1848 em Lisboa (Portugal).

Martins Pena é considerado o consolidador do teatro no Brasil com suas comédias de costumes que até hoje são representadas.
A primeira representação de uma peça do autor foi em outubro de 1838, a peça era “O juiz de paz na roça”, no Teatro São Pedro.

Ao passo que se despontava como escritor de peças teatrais, exercia diversos cargos no Ministério dos Negócios Estrangeiros, inclusive como agregado à Legação do Brasil em Londres (Inglaterra).

Além de fundador da comédia de costumes no Brasil, escreveu outros gêneros como farsas e dramas e contribuiu no Jornal do Commercio como crítico teatral.

Sua obra consta do período anterior ao Romantismo, mas é considerado como teatro romântico. Suas peças brincavam com os costumes na época do rei, com personagens populares, como que tiradas das ruas do Rio de Janeiro e colocadas no papel: malandros, moças com ânsias em casar, juízes, estrangeiros, jovens pomposos, velhas solteiras, funcionários públicos, meirinhos, contrabandistas, etc. O âmbito social e o enredo escolhidos por Martins Pena também refletia os da época casamentos, festas na roça, festas da cidade, decisão de herança, pagamento de dotes, e assim por diante.

Martins Pena, com certeza, ofereceu uma identidade ao teatro brasileiro, dando ao mesmo cunho histórico, uma vez que retratava a própria sociedade brasileira da primeira metade do século XIX.

Obras: Um Sertanejo na Corte (1833-37), O Juiz de Paz da Roça (1842), O Judas em Sábado de Aleluia (1846), O Cigano (1845), As Casadas Solteiras (1845), O Noviço (1845), O Namorador ou A Noite de São João (1845), O Caixeiro da Taverna (1845), Os Meirinhos (1845), Os Ciúmes de um Pedestre ou O Terrível Capitão do Mato (1846), Os Irmãos das Almas (1846), O Diletante (1846), Quem Casa, Quer Casa (1847).

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