A exemplo do realismo, tem seu auge durante a segunda metade do século
XIX. Além de rejeitarem os excessos românticos, os simbolistas negam também a
reprodução fotográfica dos realistas. Preferem retratar o mundo de modo
subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo. Para eles, motivações, conflitos,
caracterização psicológica e coerência na progressão dramática têm importância
relativa.
Autores simbolistas
Os personagens do Pelleas e Melisande, do belga Maurice Maeterlinck, por
exemplo, são mais a materialização de idéias abstratas do que seres humanos
reais. Escritores como Ibsen, Strindberg, Hauptmann e Yeats, que começam como
realistas, evoluem, no fim da carreira, para o simbolismo. Além deles,
destacam-se o italiano Gabriele d'Annunzio (A filha de Iorio), o austríaco Hugo
von Hofmannsthal (A torre) e o russo Leonid Andreiev (A vida humana).
Auguste Strindberg (1849-1912) nasce em Estocolmo, Suécia, e é educado
de maneira puritana. Sua vida pessoal é atormentada. Divorcia-se três vezes e
convive com freqüentes crises de esquizofrenia. Strindberg mostra em suas peças
- como O pai ou A defesa de um louco - um grande antagonismo em relação às
mulheres. Em Para Damasco cria uma obra expressionista que vai influenciar
diversos dramaturgos alemães.
Espaço cênico simbolista
Os alemães Erwin
Piscator e Max Reinhardt e o francês Aurélien Lugné-Poe recorrem ao palco
giratório ou desmembrado em vários níveis, à projeção de slides e títulos
explicativos, à utilização de rampas laterais para ampliar a cena ou de
plataformas colocadas no meio da platéia. O britânico Edward Gordon Craig
revoluciona a iluminação usando, pela primeira vez, a luz elétrica; e o suíço
Adolphe Appia reforma o espaço cênico criando cenários monumentais e
estilizados.