O
teatro oriental, que é originário de cerimônias religiosas, se desenvolveu desde o ano 2000 a.C.
Teatro
e arte dramática, gênero literário, em prosa ou
em verso, usualmente em forma de diálogo,
concebido para ser representado. As artes cênicas abrangem tudo que se refere à
escritura da obra teatral: a interpretação, os figurinos e cenários, a
produção. Em geral se entende como drama uma história que narra os
acontecimentos vitais de uma série de personagens.
Em uma
representação há, pelo menos, dois elementos fundamentais: ator/atriz e
público, e pode-se usar a mímica ou a linguagem verbal. Os personagens não são
interpretados necessariamente por seres humanos; os títeres têm tido grande
receptividade de público ao longo da história, assim como outros recursos
cênicos. Uma representação pode ser valorizada por meio dos figurinos, da
maquiagem, dos cenários, dos acessórios, da iluminação, da música e de efeitos especiais, que podem servir para criar a
ilusão de lugares, tempos e personagens diferentes, ou para sublinhar a própria
visão da representação como algo diverso da experiência cotidiana.
O
teatro oriental tem algumas características em comum que o distinguem
nitidamente do teatro pós-renascentista ocidental. São obras de arte unificadas
— uma realização da idéia do teatro total — semelhante ao de Wagner, em que se
misturam literatura, dança, música e espetáculo.
A
formação dos atores dá ênfase à dança, à expressão e agilidade corporal e às
habilidades vocais mais que à interpretação psicológica. Os figurinos e
maquiagem são muito importantes e quase uma arte em si. A estilização
estende-se ao movimento e mesmo as ações da vida diária se
transformam em uma dança ou gesto simbólico.
Em
termos de público, é um teatro de participação. As representações costumam ser
demoradas e os espectadores se movimentam, comem, conversam e por vezes só se
mostram atentos aos momentos que são de seu maior agrado. A solenidade do
espectador ocidental lhes é totalmente estranha.
O
teatro oriental, tal como outros aspectos da cultura oriental, só viria a ser
conhecido no Ocidente em fins do século XIX. Exerceu certa influência sobre as
concepções de interpretação, criação de roteiros e encenação de alguns
simbolistas, como Strindberg, Artaud, Meyerhold, Reinhardt, e outros.
O
teatro indiano, em sânscrito, floresceu nos séculos IV e V. Baseava-se em
histórias tiradas da épica hindu, como o Mahabarata e o Ramayana. O palco
apresentava decoração trabalhosa, mas não se usavam técnicas de representação.
Os movimentos de cada parte do corpo, a recitação e a canção eram rigidamente
codificados. As marionetes e o teatro dançado, sobretudo o kathakali, também
foram grandemente apreciados em vários momentos da história da Índia.
O
teatro japonês é talvez o mais complexo do Oriente. Seus dois gêneros mais
conhecidos são o teatro nô e o kabuki. Nô, o teatro clássico japonês, é
estilizado, uma síntese de dança-música-teatro. Tem estreita relação com o
budismo zen. Outros gêneros dramáticos são o bugaku, um sofisticado teatro
dançado e um teatro de bonecos ou marionetes chamado bunraku.